OUTROS VERÃOS
Andam no ar
sonhos abstractos
dum verão
que finda
de vida
que passa;
Anda no ar
o volteio e a graça
de voo de andorinha
em despedida...
Andam no ar
aromas de oriente
trazidos pelos ventos
outonais
e desejos viajantes
desiguais
de tempos perdidos
na distância;
Vem no ar
ainda
a fragrância
da vida que passou
fruto maduro
e som de passos
num andar seguro
de quem sabe
ao que vem e onde vai;
Andam no ar
o sorriso e o ai
dos prazeres e desgostos
da infância
um tempo de estações
à desfilada.
E há
sorriso de fonte
cristalina
ais de cascata
borbulhante
saudade
que mais adiante
faz recordar simples prazeres
de quem viveu
intensamente
cada entardecer
cada manhã
inaugurada
e alegremente
a vida
como ela é
Tudo e Nada!...
Maria Mamede
sonhos abstractos
dum verão
que finda
de vida
que passa;
Anda no ar
o volteio e a graça
de voo de andorinha
em despedida...
Andam no ar
aromas de oriente
trazidos pelos ventos
outonais
e desejos viajantes
desiguais
de tempos perdidos
na distância;
Vem no ar
ainda
a fragrância
da vida que passou
fruto maduro
e som de passos
num andar seguro
de quem sabe
ao que vem e onde vai;
Andam no ar
o sorriso e o ai
dos prazeres e desgostos
da infância
um tempo de estações
à desfilada.
E há
sorriso de fonte
cristalina
ais de cascata
borbulhante
saudade
que mais adiante
faz recordar simples prazeres
de quem viveu
intensamente
cada entardecer
cada manhã
inaugurada
e alegremente
a vida
como ela é
Tudo e Nada!...
Maria Mamede
9 Comments:
Na despedida do Verão anda tanta coisa no ar!A temperatura sobe e, com ela,tudo rodopia. Gostei do teu poema, fluido, rimado, ligado à vida. E afinal o que é a poesia?
Não é vida?
Beijinhos
que me desculpe, a mim
eu que gosto de palavras inventadas,
aquele Verãos é uma dessas,
amiga,
ou erro de palmatoadas?!
um abraço!
Poderás ver a publicação também nesta página:
http://portuguesapoesia.blogspot.com/2006_04_01_portuguesapoesia_archive.html
...e ainda nesta...
http://portuguesapoesia.blogspot.com/2006_09_01_portuguesapoesia_archive.html
Bj ;)
Olá Velutha, Alfazema, Menina Marota (Poesia Portuguesa), Frog e MCorreia. Agradeço o vosso passeio por este meu canto e mais ainda os vossos comentários.
Fico feliz por gostarem do que escrevo, claro.
Para MCorreia, no entanto, quero dizer que há muitos anos a minha professora de Português, na velhinha "Filipa de Vilhena" me ensinou que o plural de "Verão" poderia ser indistintamente "Verãos" ou "Verões" e foi uma das regras que nunca mais esqueci, apesar da minha "mais que meia" idade!
Para o confirmar, não fosse ter havido alguma alteração, consultei
o Prontuário Ortográfico de 1965-6ª Edição e ainda, por via das dúvidas, a "Ciberdúvidas" Google
que continuam a dar-me a mesma resposta que há muitos , muitos anos me deu a minha Professora.
Só então me atrevi a dar título aquele poema.
De todo o modo, agradeço a sua preocupação; teve para além do mais
a vantagem de me fazer conhecer o seu Blog, de que francamente gostei e onde hei-de passear mais vezes e com mais tempo.
Um abraço a todos e a si um especial.
Maria Mamede
Maria, peço desculpa daquele reparo ao plural de Verão e agradeço que nem de tal fazia ideia e devia ter consultado antes de me atirar a um "erro" feito menina prendada. Perdoe-me, sim?! Obrigada pelas suas plavras no Tristeabsurda e olhe que já passei a meia idade, de menina na tenho já nadinha rsss Um abraço!
Beijinhos
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Temo que a vida seja mais "nada". Ou talvez seja o meu desncanto com a humanidade, não sei.
Beijo
Adorei. Simplesmente lindo.
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