OLHAR A CIDADE
Tem o olhar
o doce sopro da musa
em murmúrios ribeirinhos
na magia de sonhos quase perfeitos
e na melodia crescente das sombras...
Tem o olhar
o caminho da paleta
na pintura do rio
à flor da água
e varandas de ocaso
onde a noite se debruça...
Tem o olhar
o Douro e a Cidade
nas saudades do ardina
com cheiro a tinta fresca do jornal
do guarda nocturno
no giro do costume
e dos candeeiros sonolentos
que esperam o romper d'alva...
Tem o olhar a foz
rio que se esvai em mar salgado
nas misturas de sangue
de cores de pele
de palavras ditas...
Tem o olhar
as naus
os lenços brancos d'outrora
e as enchentes de lágrimas
na lonjura das vidas...
Tem o olhar
a cascata
de escarpas e muralhas
na partida e na chegada
e voos
de andorinhas e gaivotas
falando amanhãs!...
Maria Mamede
o doce sopro da musa
em murmúrios ribeirinhos
na magia de sonhos quase perfeitos
e na melodia crescente das sombras...
Tem o olhar
o caminho da paleta
na pintura do rio
à flor da água
e varandas de ocaso
onde a noite se debruça...
Tem o olhar
o Douro e a Cidade
nas saudades do ardina
com cheiro a tinta fresca do jornal
do guarda nocturno
no giro do costume
e dos candeeiros sonolentos
que esperam o romper d'alva...
Tem o olhar a foz
rio que se esvai em mar salgado
nas misturas de sangue
de cores de pele
de palavras ditas...
Tem o olhar
as naus
os lenços brancos d'outrora
e as enchentes de lágrimas
na lonjura das vidas...
Tem o olhar
a cascata
de escarpas e muralhas
na partida e na chegada
e voos
de andorinhas e gaivotas
falando amanhãs!...
Maria Mamede
10 Comments:
Tem o olhar
Esse céu azul marinho
Que tingiu de cor o rio
Tem o olhar
Doce ternura
Por esse Porto
Que fez história
que me encanta
e aproxima
da poesia que aí nasce
Mais um belo poema Maria!Encanto e beleza não lhe faltam.
Beijinhos
Doce Poeta
encanta. cada um do teus poema
sinto olhar doce e terno,
fresco desde o despertar,
de dia misture-lhe sangue meu
agito-o , percorro os cantos da bela cidade
em medos deixo-me levar pelas palavras, luz. magia. encanto, sombras vivas . caminho até que o meu olhar se desfez na Foz e é lá que me misturo para sempre...
Mamede os teus poemas são tão sentido
tens no olhar o encanto, os teus versos são um crescer de um encanto onde não me consigo desprender
abraço-te ternamente e muitos beijinhos doce Mamede
lena
Essa estranha musa de cinzentos e granitos a emoldurar o Douro abraçado ao mar!...
Bonito poema, amiga!
Vim olhar neste mirante
o perfil do horizonte
que não toco, tão distante!
Só as asas chegam lá
e me levam adiante
estendidas como ponte
pra qualquer lado que vá...
Um belo olhar sobre essas vidas na lonjura...
Abraço amigo.
Maria estou aqui...lendo a nossa ...cidade como um corpo palpável. as palavras são orgãos e com as quais a tornas real.
saudades ...sim tenho!
jinhos
Este teu poema à cidade tem a musicalidade, a cadência e a beleza que o Porto irradia.
Belo como a nossa cidade, o nosso rio, as nossas fontes...
Mais um poema "made in" e com toda a ternura e carinha da Maria Mamede.
Um abraço
JG
Já mo tinhas lido, é um poema 'ao teu modo', dos que têm todos os temperos da qualidade poética.
Um beijo,
Rosa
Queridas Amigas e Amigos,
Obrigada pelas vossas apreciações.
Espero ser capaz de continuar, sempre a a merecer, sempre, a vossa visita.
Um abraço da
Maria Mamede
De amor e de terra escreves e me falas
de pessoas e coisas cantas nos poemas
de sentidos e de anseios tantas vezes calas
dissimulados entre versos e fonemas
de ti e do mundo descreves a paisagem
num recurso sem limites à paleta
onde as cores se confundem e reagem
nos teus múltiplos recursos de poeta
PLAUTO
Enviar um comentário
<< Home