MEU AMOR, MEU AMOR
Foste pão da minha fome
foste água da ribeira
foste mágoa, foste nome
foste fogo na lareira...
ai meu amor, meu amor
que esperei a vida inteira...
foste rio, céu de espanto
foste fonte, verde prado
foste bem-querer, foste tanto
foste amante, namorado...
ai meu amor, meu amor
que tempo tão sem cuidado...
foste esperança, foste vida
festa de amor, de carinho
e foste terra esquecida
e eu, pássaro sem ninho...
ai meu amor, meu amor
que perdi pelo caminho!...
Maria Mamede
foste água da ribeira
foste mágoa, foste nome
foste fogo na lareira...
ai meu amor, meu amor
que esperei a vida inteira...
foste rio, céu de espanto
foste fonte, verde prado
foste bem-querer, foste tanto
foste amante, namorado...
ai meu amor, meu amor
que tempo tão sem cuidado...
foste esperança, foste vida
festa de amor, de carinho
e foste terra esquecida
e eu, pássaro sem ninho...
ai meu amor, meu amor
que perdi pelo caminho!...
Maria Mamede
20 Comments:
Lindo!
Cheguei ao fim com lágrimas nos olhos...
Não sei explicar porquê, mas comoveu-me.
Beijinhos
Fenix
Este comentário foi removido pelo autor.
Que LINDO, que bom ler-te logo de manhã, assim... quase uma cantiga de amigo, de amor.
"foste pão da minha fome" é excelente!
Bom Domingo.
Um beijo, Maria Mamede
Recuperaste da gripe, perdeste o amor, mas escreveste um bonito poema (de desamor?), como sempre.
Abreijos
É lindo. À excepção da parte de o teres perdido pelo caminho. Mas o triste não deixa de ser belo...
Beijinhos.
Que pena tê-lo perdido!...será que não dá mesmo para reencontrar?...
bjs
Uma bela trova de amor ausente.
Um beijinho, Maria Mamede.
Meu amor, meu amor, minha estrela da tarde, que o luar te amanheça, e o meu corpo te guarde, meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza, se tu és a alegria, ou se és a tristeza, meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza...
... mas o teu «meu amor, meu amor» consegue ser ainda mais... intenso!!!
Um poema lindíssimo para ler em voz alta ou para cantar...
Beijos.
Lindo poema parabéns
beijos
Tal como disse Graça Pires, apetece cantar. Lembrou-me Ary dos Santos, no poema com o mesmo título:
Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.
Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.
Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento
Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.
Ai é mentira, mentira, uma enormidade de mentira: gosto, aprecio sinceramente a poesia que aqui se escreve. Disse-o, porventura, poucas vezes. Já isso é verdade. Tão verdade quantas as vezes que gostaria de ter tempo e saber achar o tempo.
Um pouco por isso o Folhas da Gaveta fecharam-se sobre si mesmas...
Mas, ali, no Coisas do Arco-da-Velha eu sei que vou lá ter a sua amizade.
E hei-de achar tempo ao tempo para não deixar tanto tempo sem ler a poesia que por aqui escorre...
abraços!
Amiga
Gosto tanto de te ler, Maria Mamede!
Um poema lindíssimo e comovente.
Bem-hajas, Poeta Amiga!
Beijinhos mil
Um verdadeiro hino ao amor,
que é tudo, mesmo não tendo nada.
Minha querida Maria, é terno sempre terno cada contorno das suas palavras.
bjs
Lindo! :)
Muito bonito o poema. Tão cheio de sentimento que me vieram as lágrimas aos olhos.
Um abraço e bom fim de semana
...um arrepio contido nas palavras, que lindo!
Querida Maria Mamede,
...já tinha lido antes este poema...hoje voltei!
Lindo...e ao lê-lo quase o sinto musicado...é como se o poema só por si tivesse música...
Um beijinho e bom fim de semana!
Muito bonito o singelo poema em sextilha.
bem retimado e gostoso de se ler.
Parabéns.
Dalinha Catunda
lindo o poema parabéns!!!
bjss!!!!!
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