domingo, fevereiro 15, 2009

MEU AMOR, MEU AMOR

Foste pão da minha fome
foste água da ribeira
foste mágoa, foste nome
foste fogo na lareira...
ai meu amor, meu amor
que esperei a vida inteira...

foste rio, céu de espanto
foste fonte, verde prado
foste bem-querer, foste tanto
foste amante, namorado...
ai meu amor, meu amor
que tempo tão sem cuidado...

foste esperança, foste vida
festa de amor, de carinho
e foste terra esquecida
e eu, pássaro sem ninho...
ai meu amor, meu amor
que perdi pelo caminho!...


Maria Mamede

20 Comments:

Blogger Fenix said...

Lindo!

Cheguei ao fim com lágrimas nos olhos...
Não sei explicar porquê, mas comoveu-me.

Beijinhos
Fenix

8:54 da manhã  
Blogger Aprendiz de Poeta said...

Este comentário foi removido pelo autor.

9:14 da manhã  
Blogger Maria said...

Que LINDO, que bom ler-te logo de manhã, assim... quase uma cantiga de amigo, de amor.
"foste pão da minha fome" é excelente!

Bom Domingo.
Um beijo, Maria Mamede

10:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Recuperaste da gripe, perdeste o amor, mas escreveste um bonito poema (de desamor?), como sempre.
Abreijos

2:53 da tarde  
Blogger Filoxera said...

É lindo. À excepção da parte de o teres perdido pelo caminho. Mas o triste não deixa de ser belo...
Beijinhos.

11:23 da tarde  
Blogger Arménia Baptista said...

Que pena tê-lo perdido!...será que não dá mesmo para reencontrar?...
bjs

11:02 da manhã  
Blogger Licínia Quitério said...

Uma bela trova de amor ausente.

Um beijinho, Maria Mamede.

6:08 da tarde  
Blogger Sofá Amarelo said...

Meu amor, meu amor, minha estrela da tarde, que o luar te amanheça, e o meu corpo te guarde, meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza, se tu és a alegria, ou se és a tristeza, meu amor, meu amor, eu não tenho a certeza...

... mas o teu «meu amor, meu amor» consegue ser ainda mais... intenso!!!

7:55 da tarde  
Blogger Graça Pires said...

Um poema lindíssimo para ler em voz alta ou para cantar...
Beijos.

1:45 da tarde  
Blogger Lmatta said...

Lindo poema parabéns
beijos

3:58 da tarde  
Blogger José Rui Fernandes said...

Tal como disse Graça Pires, apetece cantar. Lembrou-me Ary dos Santos, no poema com o mesmo título:

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

Este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

3:03 da manhã  
Blogger jorge esteves said...

Ai é mentira, mentira, uma enormidade de mentira: gosto, aprecio sinceramente a poesia que aqui se escreve. Disse-o, porventura, poucas vezes. Já isso é verdade. Tão verdade quantas as vezes que gostaria de ter tempo e saber achar o tempo.
Um pouco por isso o Folhas da Gaveta fecharam-se sobre si mesmas...
Mas, ali, no Coisas do Arco-da-Velha eu sei que vou lá ter a sua amizade.
E hei-de achar tempo ao tempo para não deixar tanto tempo sem ler a poesia que por aqui escorre...

abraços!

4:39 da tarde  
Blogger Mare Liberum said...

Amiga

Gosto tanto de te ler, Maria Mamede!
Um poema lindíssimo e comovente.

Bem-hajas, Poeta Amiga!

Beijinhos mil

5:18 da tarde  
Blogger Luís Mendes said...

Um verdadeiro hino ao amor,
que é tudo, mesmo não tendo nada.

Minha querida Maria, é terno sempre terno cada contorno das suas palavras.

bjs

8:49 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Lindo! :)

5:16 da manhã  
Blogger Elvira Carvalho said...

Muito bonito o poema. Tão cheio de sentimento que me vieram as lágrimas aos olhos.
Um abraço e bom fim de semana

11:28 da tarde  
Blogger Cotovia said...

...um arrepio contido nas palavras, que lindo!

12:28 da manhã  
Blogger margusta said...

Querida Maria Mamede,

...já tinha lido antes este poema...hoje voltei!

Lindo...e ao lê-lo quase o sinto musicado...é como se o poema só por si tivesse música...

Um beijinho e bom fim de semana!

10:57 da tarde  
Blogger Dalinha Catunda said...

Muito bonito o singelo poema em sextilha.
bem retimado e gostoso de se ler.
Parabéns.
Dalinha Catunda

11:34 da manhã  
Blogger Unknown said...

lindo o poema parabéns!!!


bjss!!!!!

12:11 da manhã  

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