FLORES DO CAMPO
(A Rosalia de Castro) - num aniversário de sua morte-24/Fev. -
Ai flores do campo, brincos e aneis
Enfeites meus em tantas idades
Ai flores do campo, Marias, Maneis
No cio da terra, ao som das trindades.
Ai flores do campo, ó quantas saudades
Quantos os desejos de vos ir colher
Ai flores do campo, foi-se a mocidade
E eu nunca mais vos tornei a ver.
Ai trevo bravo, dum roxo escuro
A cor mais triste da Semana Santa
Como é fria a terra, como o chão é duro
Como custa a morte se a saudade é tanta.
Ó flores do campo, minhas flores chorai
Que foi dura a vida, um penar constante
Vosso choro ao meu, minhas flores juntai;
Quem me lembrará pelo futuro adiante?!...
Maria Mamede
Ai flores do campo, brincos e aneis
Enfeites meus em tantas idades
Ai flores do campo, Marias, Maneis
No cio da terra, ao som das trindades.
Ai flores do campo, ó quantas saudades
Quantos os desejos de vos ir colher
Ai flores do campo, foi-se a mocidade
E eu nunca mais vos tornei a ver.
Ai trevo bravo, dum roxo escuro
A cor mais triste da Semana Santa
Como é fria a terra, como o chão é duro
Como custa a morte se a saudade é tanta.
Ó flores do campo, minhas flores chorai
Que foi dura a vida, um penar constante
Vosso choro ao meu, minhas flores juntai;
Quem me lembrará pelo futuro adiante?!...
Maria Mamede
6 Comments:
É mt bom aqui vir. Palavras melodiosas que apaziguam a alma.
A poesia escorre-te pelos dedos que escrevem.
Beijinho e boa semana
Que belo, Maria! Admiro a forma como consegues transformar a saudade em algo que nos consola a alma. Um bom dia para ti, cheio de sol. Pelo menos por aqui é assim que está... :)
Beijinhos
Belíssimo e muita gente te lemrará:) beijos
Este dezasseis versos do poema formam um campo florido.
Beijinhos.
Minhas queridas meninas-visitantes
(E menino, claro está), obrigada
pela vossa visita e por gostarem das minhas flores.
Espero visitar-vos em breve.
Um beijo enoooooooorme da
Maria Mamede
Ai flores do Campo, minha flores, abri!
Doce e fulgurante, mostrai vosso viço
E, qual labareda, minhas flores crescei
Porque a flor que fui, é chão de sumiço
E a vida rezou-me, oh flores em botão
Um rosário amargo que trago na mão
Um beijinho, nena, por nos recordares Rosalia
Maria Badalassi
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