TEMPESTADES
Quando no peito a noite é mais profunda
que a noite que desce na cidade
quando na verdade que me inunda
o tempo é só inverno na idade...
quando no olhar há só talvez
ou até sempre, ou até nunca mais
e em mim deixou de haver porquês
pela morte de tantos ideais...
quando o tempo põe a capa do invés
e troam sinfonias colossais
quando há mais mar que há marés
ecoando em crateras abissais...
e quando o mistério que há no rosto
é somente o rosto do cansaço
que faz em bagaço e em mosto
a vindimada vinha do espaço
feche-se a porta, cumpra-se o destino
que a terra, só exige o que lhe cabe;
voltemos à chegada, ao ser menino
é hora de regresso à eternidade!...
Maria Mamede
que a noite que desce na cidade
quando na verdade que me inunda
o tempo é só inverno na idade...
quando no olhar há só talvez
ou até sempre, ou até nunca mais
e em mim deixou de haver porquês
pela morte de tantos ideais...
quando o tempo põe a capa do invés
e troam sinfonias colossais
quando há mais mar que há marés
ecoando em crateras abissais...
e quando o mistério que há no rosto
é somente o rosto do cansaço
que faz em bagaço e em mosto
a vindimada vinha do espaço
feche-se a porta, cumpra-se o destino
que a terra, só exige o que lhe cabe;
voltemos à chegada, ao ser menino
é hora de regresso à eternidade!...
Maria Mamede
14 Comments:
lindo poema como sempre
beijos
TEMPLESTADES,SÃO AS ONDAS DE LAGRIMAS QUE NOS DERUBA E NOS LEVA ALÉM DO TEMPO!DEIXANDO MARCAS QUE NUMCA SAIRAM,E LEMBRANÇAS QUE NUMCA SERAM ESQUECIDAS!
Sempre bem, Maria!! Obrigada pelas tuas palavras que tanto me sensibilizaram. Muitos beijos.
Maria, fiquei completamente rendida assim que li a primeira quadra. Especialmente pela frase:
"o tempo é só inverno na idade..."
Tenho uma pasta onde coloco todos os poemas que acho fabulosos e este ocupou um espaço especial nessa mesma pasta.
Beijinhos Maria=)
Patrícia
Um belo e melancólico poema.
Um beijo.
Querida Maria
Tanta trsiteza e desânimo neste poema tão belo!
...quando no olhar há só talvez
ou até sempre, ou até nunca mais
e em mim deixou de haver porquês
pela morte de tantos ideais...
...
feche-se a porta, cumpra-se o destino
que a terra, só exige o que lhe cabe;
Um poema da alma, muito eloquente.
Um beijo
Querida Maria
Há noites (e dias) assim. E queremos que assim sejam, e fiquem.
Mas os ideais, esses, temos que os fazer renascer, sempre...
Tens aqui um belo poema!
Um beijinho grande, Maria Mamede
Um poema lindíssimo embora revelando alguma melancolia.Espero que seja apenas do sujeito poético e não da Poeta.
" O poeta é um fingidor..." Desejo que seja o caso.
Já o tinha lido,nas noites de Vermoim, e degustei verso a verso.
Bem-hajas, amiga, por partilhares a tua obra connosco.É tão bom saborear poesia de qualidade!
Mil beijinhos
Belo o poema.
...mas esse desalento...;)
bjinhos
Passei aqui por acaso.
Mas não poderia ir embora sem te dizer que gostei imenso da poesia que fazes. Parabéns.
Boa Páscoa.
Mesmo na noite mais profunda, pode nascer a luz da Poesia.
Tão melancólico como belo o teu poema, Maria.
Deixo-te um beijo com votos de Boa Páscoa.
Amiga Maria Mamede,
Hoje venho desejar-te uma Páscoa Feliz, com muita Luz e muito Amor que irradiem por todos os dias da tua vida.
Um abraço Amigo,
Maria Faia
Vim desejar-lhe uma Páscoa Feliz, com muita Luz e muito Amor que irradiem por todos os dias da sua vida.
Um poema muito bonito apesar da tristeza latente.
Um abraço
Lindo!
Fiquei emocionada...
Não sei que mais dizer...
Desejo uma Boa Páscoa.
Cheia de saúde, amor e sorrisos.
Beijinhos
São
Trago uma pequena lembrança...
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