LUARES
Tão alva me sustém a própria lua
Tão alva, no fulgor de argento
Que dela se evola meu lamento
De vida solitária, como a sua...
Como ela, sofro o encantamento
De longes, de passados, de distâncias
E com ela partilho as errâncias
Por caminhos de negro e sofrimento...
E por essa alvura plena abraçada
Eu sou raio de prata iluminada
Na solitária noite intemporal...
Sou rouxinol cativo, voz que chora
O encanto quebrado, a cada aurora
No regresso ao pecado original!...
Maria Mamede
Tão alva, no fulgor de argento
Que dela se evola meu lamento
De vida solitária, como a sua...
Como ela, sofro o encantamento
De longes, de passados, de distâncias
E com ela partilho as errâncias
Por caminhos de negro e sofrimento...
E por essa alvura plena abraçada
Eu sou raio de prata iluminada
Na solitária noite intemporal...
Sou rouxinol cativo, voz que chora
O encanto quebrado, a cada aurora
No regresso ao pecado original!...
Maria Mamede
7 Comments:
Um soneto límpido, iluminado por essa luz da lua... :)
Beijinhos, Maria
muito bom, maria!
puxa, eu devo ser a única não-poeta do país:)
li novamente, agora a sério. notável.tu és mesmo poeta e não te chamas maria mamede. beijinhos.
A sua poesia eu já li um pouquinho e, porque a gosto, mais me sinto agradecida com as palavras que me deixou. Um abraço, Maria.
Lindo soneto com a lua como fundo:) beijos
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