quinta-feira, março 23, 2006

LUARES

Tão alva me sustém a própria lua
Tão alva, no fulgor de argento
Que dela se evola meu lamento
De vida solitária, como a sua...

Como ela, sofro o encantamento
De longes, de passados, de distâncias
E com ela partilho as errâncias
Por caminhos de negro e sofrimento...

E por essa alvura plena abraçada
Eu sou raio de prata iluminada
Na solitária noite intemporal...

Sou rouxinol cativo, voz que chora
O encanto quebrado, a cada aurora
No regresso ao pecado original!...


Maria Mamede

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Um soneto límpido, iluminado por essa luz da lua... :)
Beijinhos, Maria

7:59 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

muito bom, maria!
puxa, eu devo ser a única não-poeta do país:)

2:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

li novamente, agora a sério. notável.tu és mesmo poeta e não te chamas maria mamede. beijinhos.

2:14 da manhã  
Blogger Fátima Santos said...

A sua poesia eu já li um pouquinho e, porque a gosto, mais me sinto agradecida com as palavras que me deixou. Um abraço, Maria.

9:42 da tarde  
Blogger wind said...

Lindo soneto com a lua como fundo:) beijos

10:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Enjoyed a lot! » » »

10:33 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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2:08 da tarde  

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