MÃOS
Olá minhas queridas Amigas e Amigos!
Tanto tempo ausente, deve-se a vários factores, bons e maus com que a vida nos vai presenteando. Dores e Alegrias, sejam quais forem os teores, chegam em conjunto, como moedas que sempre têm a face e o reverso; por isso, às vezes, sou obrigada a hibernar para lamber feridas ou afagar a dor, mas depois volto e creio bem mais forte, mais disponível para a alegria, a felicidade e principalmente para a Poesia.
Dum novo livro, cujo título é "MÃOS", aqui fica um poema de homenagem às MATRIARCAS, da minha e de tantas outras famílias.
Um abraço de todas as cores para vós, que por mim sentis afecto, na maioria dos casos sem sequer me conhecerem pessoalmente e a quem também quero muito bem, apesar destas circunstâncias.
M.M.
MATRIARCAS
Tuas mãos Mulher
lareira acesa
toalha e bragal
broa de milho
e o linho
e a lã;
na cama o filho
e sobre a mesa
a horta
o pomar
e o jardim...
na adega
o vinho e a salga
na tulha
o trigo
o fumeiro na cozinha
e o caldo
bebido pela malga
e a Páscoa
e o Natal
e a fome da vizinha
e a doçaria
e a fartura
de amor
porque és assim!...
Maria Mamede
Tanto tempo ausente, deve-se a vários factores, bons e maus com que a vida nos vai presenteando. Dores e Alegrias, sejam quais forem os teores, chegam em conjunto, como moedas que sempre têm a face e o reverso; por isso, às vezes, sou obrigada a hibernar para lamber feridas ou afagar a dor, mas depois volto e creio bem mais forte, mais disponível para a alegria, a felicidade e principalmente para a Poesia.
Dum novo livro, cujo título é "MÃOS", aqui fica um poema de homenagem às MATRIARCAS, da minha e de tantas outras famílias.
Um abraço de todas as cores para vós, que por mim sentis afecto, na maioria dos casos sem sequer me conhecerem pessoalmente e a quem também quero muito bem, apesar destas circunstâncias.
M.M.
MATRIARCAS
Tuas mãos Mulher
lareira acesa
toalha e bragal
broa de milho
e o linho
e a lã;
na cama o filho
e sobre a mesa
a horta
o pomar
e o jardim...
na adega
o vinho e a salga
na tulha
o trigo
o fumeiro na cozinha
e o caldo
bebido pela malga
e a Páscoa
e o Natal
e a fome da vizinha
e a doçaria
e a fartura
de amor
porque és assim!...
Maria Mamede
16 Comments:
Não sei quantas vezes já li o teu poema. Quase o sei de cor. Mas a cada verso pensava nas matriarcas da minha vida... e bateu-me uma saudade...
Beijinho, querida Maria Mamede
Muito bonito poema, Maria! Beijos.
bonita homenagem às tuas e nossas matriacas, pois ficou muito bom.
uma boa semana!
excelente... muito bom!
(www.minha-gaveta.blogspot.com)
Que bom, ter-te de volta!
Está uma distinção à tua espera no EQ.
Beijos.
Dores e Alegrias são, como diria um nosso colega, "o verso do reverso da medalhaq".Mas se nos tornam mais fortes, venham elas.
Quanto ao poema, ora aí está como com palavras simples se constrói um poema todo verdade, com ritmo e melodia bastantes. Deverá ser musicado.
E... até ao dia bintóito.
Recticação ao comentário anterior: medalha
Belíssima homenagem às matriarcas.
É bom voltar a ler poemas escritos pelas tuas mãos!
E o livro quando sai?
Um beijo grande.
muito bonito, maria m.!
os regressos quase sempre se fazem com força... a isso brindo!
beijo e abarço apertadinho (como espero que seja novamente, no domingo)
luísa
Lindo o poema Maria. E que bom saber que tem novo livro.
Já está à venda?
Um abraço
Cada palavra trás à minha memória as imagens, os cheiros, o carinho, muitos dos dias da minha infância passados en casa dos meus avós.
Apetece ler e reler.
Obrigado pelo poema tão belo que nos oferece, Maria Mamede, abençoadas as mãos que assim escrevem!
JRF
Que bom ter voltado. E com um belo poema!
Um beijo.
Confesso que nunca tinha passado por aqui...uma distração que só me fez perder o sabor de belas poesias.
Identifico-me com estas "Maõs", robustas, solidárias e tão...tão ternas...conheço-as!
"De Amor e de Terra" vai para o meu cantinho"
Um beijo
Neste dia de reflexão
fico-me também a reflectir
sobre o seu poema...
Bjs
Olá, Maria M gosto muito da tua poesia, tenho coscuvilhado publicações antigas, em que deixei um comentário. Descobri um belo poema teu (ESPERO-TE)
cantado e musicado plo Carlos Andrade.
É sempre um prazer vir cá ler e reler os teus poemas.
Beijos
José
lindo poema como sempre
beijos
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