sábado, setembro 12, 2009

MÃOS

Olá minhas queridas Amigas e Amigos!

Tanto tempo ausente, deve-se a vários factores, bons e maus com que a vida nos vai presenteando. Dores e Alegrias, sejam quais forem os teores, chegam em conjunto, como moedas que sempre têm a face e o reverso; por isso, às vezes, sou obrigada a hibernar para lamber feridas ou afagar a dor, mas depois volto e creio bem mais forte, mais disponível para a alegria, a felicidade e principalmente para a Poesia.

Dum novo livro, cujo título é "MÃOS", aqui fica um poema de homenagem às MATRIARCAS, da minha e de tantas outras famílias.

Um abraço de todas as cores para vós, que por mim sentis afecto, na maioria dos casos sem sequer me conhecerem pessoalmente e a quem também quero muito bem, apesar destas circunstâncias.

M.M.


MATRIARCAS

Tuas mãos Mulher
lareira acesa
toalha e bragal
broa de milho
e o linho
e a lã;
na cama o filho
e sobre a mesa
a horta
o pomar
e o jardim...
na adega
o vinho e a salga
na tulha
o trigo
o fumeiro na cozinha
e o caldo
bebido pela malga
e a Páscoa
e o Natal
e a fome da vizinha
e a doçaria
e a fartura
de amor
porque és assim!...

Maria Mamede

16 Comments:

Blogger Maria said...

Não sei quantas vezes já li o teu poema. Quase o sei de cor. Mas a cada verso pensava nas matriarcas da minha vida... e bateu-me uma saudade...

Beijinho, querida Maria Mamede

1:12 da manhã  
Blogger Paula Raposo said...

Muito bonito poema, Maria! Beijos.

10:14 da manhã  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

bonita homenagem às tuas e nossas matriacas, pois ficou muito bom.

uma boa semana!

5:54 da tarde  
Blogger Nuno G. said...

excelente... muito bom!

(www.minha-gaveta.blogspot.com)

6:40 da tarde  
Blogger Filoxera said...

Que bom, ter-te de volta!
Está uma distinção à tua espera no EQ.
Beijos.

7:01 da tarde  
Anonymous Vo-Miquinho said...

Dores e Alegrias são, como diria um nosso colega, "o verso do reverso da medalhaq".Mas se nos tornam mais fortes, venham elas.
Quanto ao poema, ora aí está como com palavras simples se constrói um poema todo verdade, com ritmo e melodia bastantes. Deverá ser musicado.
E... até ao dia bintóito.

11:05 da tarde  
Anonymous Vo-Miquinho said...

Recticação ao comentário anterior: medalha

11:07 da tarde  
Blogger Ana said...

Belíssima homenagem às matriarcas.

É bom voltar a ler poemas escritos pelas tuas mãos!
E o livro quando sai?
Um beijo grande.

12:25 da manhã  
Blogger pin gente said...

muito bonito, maria m.!
os regressos quase sempre se fazem com força... a isso brindo!
beijo e abarço apertadinho (como espero que seja novamente, no domingo)
luísa

12:51 da manhã  
Blogger Elvira Carvalho said...

Lindo o poema Maria. E que bom saber que tem novo livro.
Já está à venda?
Um abraço

11:56 da tarde  
Blogger José Rui Fernandes said...

Cada palavra trás à minha memória as imagens, os cheiros, o carinho, muitos dos dias da minha infância passados en casa dos meus avós.
Apetece ler e reler.
Obrigado pelo poema tão belo que nos oferece, Maria Mamede, abençoadas as mãos que assim escrevem!
JRF

12:33 da manhã  
Blogger Graça Pires said...

Que bom ter voltado. E com um belo poema!
Um beijo.

5:39 da tarde  
Anonymous utopia das palavras said...

Confesso que nunca tinha passado por aqui...uma distração que só me fez perder o sabor de belas poesias.
Identifico-me com estas "Maõs", robustas, solidárias e tão...tão ternas...conheço-as!

"De Amor e de Terra" vai para o meu cantinho"

Um beijo

12:12 da tarde  
Blogger vieira calado said...

Neste dia de reflexão

fico-me também a reflectir

sobre o seu poema...

Bjs

5:53 da tarde  
Blogger avlisjota said...

Olá, Maria M gosto muito da tua poesia, tenho coscuvilhado publicações antigas, em que deixei um comentário. Descobri um belo poema teu (ESPERO-TE)
cantado e musicado plo Carlos Andrade.
É sempre um prazer vir cá ler e reler os teus poemas.

Beijos

José

4:59 da tarde  
Blogger Lmatta said...

lindo poema como sempre
beijos

9:12 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home