S/ TÍTULO - (In) "A Casa Silente"
Olho um retrato
a amarelo e preto
e vejo o degredo
de durar…
viver, é como navegar
nas águas turvas
do meu pranto…
ó caminho de luz
que eu quero tanto
neste amarelo
que me invade
cresce e arde
esta ansiedade
em rubros desafios
que o fogo consome…
à lareira
desta casa quieta
há na maceira
uma gaveta
apinhada de cheiros
doutras eras;
e o pinho, o sobro
o cipreste
ardem na paixão
que me disseste
mas que nunca puseste
em minha mão!...
Maria Mamede
a amarelo e preto
e vejo o degredo
de durar…
viver, é como navegar
nas águas turvas
do meu pranto…
ó caminho de luz
que eu quero tanto
neste amarelo
que me invade
cresce e arde
esta ansiedade
em rubros desafios
que o fogo consome…
à lareira
desta casa quieta
há na maceira
uma gaveta
apinhada de cheiros
doutras eras;
e o pinho, o sobro
o cipreste
ardem na paixão
que me disseste
mas que nunca puseste
em minha mão!...
Maria Mamede
20 Comments:
lindo como sempre
beijos
Lindo poema de nostalgia.
Beijos.
Lindo, Maria Mamede. Como gostei!
Um beijo, Poetisa.
Lindo, Maria.
Mais um poema de uma beleza ímpar. Nostálgico, mas que nos enleva os olhos da alma.
Beijinho*
Fanny
nostalgico, mas o amarelo um dia vira sol...
beij
Um olhar sobre o tempo passado, com o sentido no fervilhar da vida para lá das paredes...
Bj
Que belo poema Maria!Maravilhoso!
Beijo grande
ana
...Quem sou
Nunca me encontrei na letra de uma canção
Nunca toquei duas notas seguidas em harmonia
Mas perdi-me às vezes na ilusão
Reencontrei-me com o amor
Amargura mora sempre com a razão
Um mágico nem sempre acerta
No seu golpe de mão
Mas fiz mil tentativas nesta viola
Nenhuma nota bateu-me certa
Sou um triste e patético tocador
Desta...Melodia Incompleta...
Doce beijo
A vida não nos dá nada de mão beijada, as vezes é lapidando tristezas que conseguimos alçar paixões inesquecíveis...
" o pinho, o sobro
o cipreste
ardem na paixão
que me disseste
mas que nunca puseste
em minha mão!..."
Lindo!
Beijos.
Salvé Maria Mamede
Cheguei...não me lembrava já qual o caminho para o seu blog.
Agora sei e principalmente...porquê.
Grata pela "confidencialidade", embora eu pense que "também" é por aqui que a energia flui e se propaga, nem que para isso tenhamos de "suportar" alguns malfeitores que aparecem para desestabilizar... - sempre foi assim ao longo dos tempos..porque razão seria diferente agora, se estamos nos finais dos tempos?!
Apareça...gostei muito das suas palavras e intenção, creia.
Sempre...
Mariz
ESPAVO! - econhecendo a LUZ que há em si - como em Mu (Lemúria)
Ah! Esqueci do mais importante:
gostei demais do poema..sentido!
Abraço meu
Mariz
ESPAVO!
Excelente poema.
Já andava com saudades de te ler, querida amiga.
Beijos.
A paixão que nunca nos põem na mão, são feitas de cores, de um retrato esquecido, deixado de lado, mas basta um olhar e nos remetemos ao tempo que foi vivido... Eita que coisa linda esse versejar...
Um abração minha querida, aproveite bem o fim de tarde :)
«desta casa quieta
há na maceira
uma gaveta
apinhada de cheiros
doutras eras;» Acho conhecer este teu poema...Maraia do Céu. É lindo, como todos que escreves. Nostalgico onde deixas transparecer a saudade.
Bjito e um Santo Natal.
Olá Maria.
Olha, todos os poemas que leio aqui, têm um pouco de ti ou dos teus estados de espírito. E saber um pouco de ti através da tua poesia, é poder mergulhar nos mais calmos e serenos, por vezes nostálgicos mares, ou simplesmente ficar em casa, contemplando uma paisagem e deixando-se levar por uma poesia intemporal.
Beijinhos Maria=)
Patrícia
Um beijo e Feliz Natal e um Ano novo MELHOR.
Festas Felizes. Ano Novo repleto de Poesia.
Um beijo, Maria Mamede.
CARA CONFRADE
Viva a poetisa MM
.........
ardem na paixão
que me disseste
mas que nunca puseste
na minha mão.
A sua poesia preenche as características que eu exijo para que um texto seja considerado de poesia: O ENCANTAMENTO.
Além da mensagem que a MM quer deixar, o poema lê-se muito bem, até mesmo às quatro da manhã depois de uma ceia bem regada, com quatro ou cinco amigos sentados na soleira da porta principal de um monte alentejano, com um puro "en sus manos" e com o luar de Agosto a beijar-lhes as faces.
Até se poderia subir "au premiere etage" de un chaparrro e daí dizer o poema,
Com voz firme e segura
e audível
a médio tom
com arrebatamento na parte final,
que está aí acima e é por onde eu começo este pequeno comentário.
Cara Amiga,
como são lindos os teus poemas:
Têem a doçura das romãs
a beleza das hortênsias
e o perfume das rosas.
a tua poesia é primavera
é Fernando Pessoa (nalguns aspectos)
é Torga nas fragas
e é Sophia em muitas coisas.
Apetece-me saltar para o palco, imaginar pessoas na plateia e recitar os teus versos.
Respeitosos cumprimentos do
João Brito Sousa
Maravilhoso Maria, Muito belo!
beijinhos
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