A PROPÓSITO DO NATAL
Não importa se nasceste no inverno
nem se era dezembro que corria
importa sim, que tudo era magia
porque vieste e porque és eterno.
Nem importa saber qual o motivo
que te fez dormir na manjedoura;
uma estrela surge e tudo doura
guiando magos a esse teu abrigo.
E importa ainda que trouxeste
nesse corpinho nu, quando nasceste
a esperança renovada, prometida
importa que continuas a oferecer
a tua imensa luz que faz viver
sempre que deixamos esta vida.
Maria Mamede
(27/Dez./2010)
nem se era dezembro que corria
importa sim, que tudo era magia
porque vieste e porque és eterno.
Nem importa saber qual o motivo
que te fez dormir na manjedoura;
uma estrela surge e tudo doura
guiando magos a esse teu abrigo.
E importa ainda que trouxeste
nesse corpinho nu, quando nasceste
a esperança renovada, prometida
importa que continuas a oferecer
a tua imensa luz que faz viver
sempre que deixamos esta vida.
Maria Mamede
(27/Dez./2010)
11 Comments:
É esta a imagem que guardo do Menino e do Natal, de quando era miúda...
Belo soneto, Maria.
Beijinhos.
que soneto tão bonito e tão oportuno.
parabéns!
bom ano de 2011
beij
Esta luz de que falas ilumina o que fomos e o por vir, quando a luz se ofusca é porque precisou, para depois voltar mais forte....
Feliz ano novo pra ti.
Para chegar a ti querida, tenho de entrar por esta porta:) Coloquei o teu blog nos blogs que sigo, mas por lá não consigo comentar. Em palavras retratas genialmente a imagem do Menino Jesus do Natal da minha( nossa)infância.
Perfeito e belo repousa no teu soneto.
Bjitos e votos de Feliz Ano Novo.
Amiga Maria Mamede,
..venho desejar-lhe um Feliz Ano Novo.
Que 2011, lhe traga aquilo que mais desejar!!!
Um beijinho amigo,
Margusta
Lindo!
Que a esperança se renove sempre, sobretudo quando parece mais improvável.
Beijos. E votos de uma 2011 com tudo o que mais desejares.
Caríssima Maria Mamede.
Viva.
Desculpe-me a ousadia,, mas o seu "A minha cidade", mereceu-me o seguinte comentário:
1 – Maria Mamede, Porto
A MINHA CIDADE-PORTO
A minha cidade não se chama Lisboa
não tem cheiro a sul
e nem por ela passa o Tejo
mas como ela, tem Nascentes
leitosos e marmóreos...
na minha cidade os poentes são de ouro
sobre o Douro e o mar
e só ela tem a luz do entardecer
a enfeitar o granito...
na minha cidade, tal como em Lisboa
há gaivotas e maresia
mas não há cacilheiros no rio
há rabelos
transportando néctar e almas...
da minha cidade nasce o Norte
alcantilado, insubmisso
e o sol, quando chega, penetra-a
delicadamente, carinhosamente
depois de vencido o nevoeiro...
na minha cidade também há pregões
gatos, pombas, castanhas assadas e iscas
e fado pelas vielas, pendurado com molas
como roupa a secar nos arames...
a minha cidade tem também tardes languescentes
coretos nas praças
velhos jogando cartas em mesas de jardim
e o revivalismo de viúvas e solteironas
passeando de eléctrico...
é bem verdade que na minha cidade
a luz , não é como a de Lisboa
mas a luz da minha cidade
é um frémito de amor do astro rei
a beijá-la na fronte, cada manhã!.
COMENTÁRIO.
O poema está muito bem construído e contém o que de melhor o Porto tem; o amor à cidade. E, como não podia deixar de ser, mesmo ao de leve, há um desafio a Lisboa. Mas é um poema com um ritmo calmo, tranquilo, sereno mas sobretudo é um poema amável, que parece deixar-nos um beijo de tão terno que é. È um poema lento para se ir saboreando verso a verso. É um poema que encanta e nos convida a reler e a reler e a declamá-lo em voz alta como fazia a Sophia. É um poema sem quebras, por isso o considero um dos melhores.
Cump. do
JOÃO BRITO SOUSA (confrade)
Caro Confrade João Brito Sousa, não vendo outro meio para comunicar com o Amigo, sirvo-me deste, e venho agradecer a sua apreciação do poema "A Minha Cidade", que recebo com carinho e orgulho. Espero nos possamos "falar" um dia destes e para isso pedirei ao comum Amigo Pinhal Dias. o favor de lhe fornecer o meu email, caso queira usar esse contacto.
Um abraço, votos de bom ano novo e até sempre.
Maria Mamede
Achei o teu poema tão bonito, querida amiga. De uma ternura imensa.
Bom ano.
Beijos.
Um poema de Natal comovente...
Um beijo e que 2011 seja Bom.
Toque... Toque... Toque ...
Vim te chamar para vislumbrar o ano novo, com novas cores, caminhos e sabores...
Abraços
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