DÁ-ME DE BEBER !
Dá-me de beber ó caminheiro
é longe a fonte
e eu já tão cansado
espero da tua água
aqui sentado…
dá-me de beber ó caminheiro!
Como dar-te água
meu irmão
se não trago comigo
odre nem tarro
nem sequer malga de barro
e a fonte é tão longe
meu amigo?
Tenho a concha da mão
mas ao chegar
já não terei água
pra te dar…
então caminheiro
abranda o passo;
agora pára e vê
este chão duro
onde quase jaz
meu corpo escuro
pela falta
daquela
que dá vida
ao mundo inteiro…
e se apenas trazes
para beber
as lágrimas que há pouco
vi correr
dá-me da tua sede
ó Caminheiro!...
Maria Mamede
é longe a fonte
e eu já tão cansado
espero da tua água
aqui sentado…
dá-me de beber ó caminheiro!
Como dar-te água
meu irmão
se não trago comigo
odre nem tarro
nem sequer malga de barro
e a fonte é tão longe
meu amigo?
Tenho a concha da mão
mas ao chegar
já não terei água
pra te dar…
então caminheiro
abranda o passo;
agora pára e vê
este chão duro
onde quase jaz
meu corpo escuro
pela falta
daquela
que dá vida
ao mundo inteiro…
e se apenas trazes
para beber
as lágrimas que há pouco
vi correr
dá-me da tua sede
ó Caminheiro!...
Maria Mamede