MEU CORAÇÃO
Meu coração, resto de incêncios
não obedece a compêndios
e apesar de tudo o que viveu
não usa anel
de bacharel
nem aceita título
de doutor
em amor,
pelo que sofreu!
Gosta apenas de falar
de dissertar
sobre a essência
da vida
e diz a qualquer
audiência
que o saber mais profundo
é o acto de amar
no sentido mais lato da expressão!
Amar
dando-se por inteiro
como lume que passou
e deixou braseiro
onde se cozinha
o sentimento!
Amar só por amar
sem ressentimento
sem secretismo de gruta
sem vanglória
sem disputa
e até mesmo sem memória...
Amar o todo
e sua história
de vida, vinda do nada...
Amar o ocaso, a alvorada
o estertor do sofrimento
e do nascer o momento
e a alegria e a dor;
Amar a tarde tranquila
amar o dia que parte
amar toda, toda a arte
na beleza sem limite
amar a quem acredite
que o mundo será melhor
e por conta desse amor
todo o ser pode mudar...
Tanta vez, de amar exausto
deixa o fausto da alegria
e hiberna, dentro do peito...
e fica triste, calado
às vezes acabrunhado
por tanta incompreensão!
Mas se ouve voz amiga
ecoando lá no fundo
deixa a sua prostração
acaba a hibernação
e a gritar libertação
põe-se em marcha
e enfrenta o mundo!...
Maria Mamede
não obedece a compêndios
e apesar de tudo o que viveu
não usa anel
de bacharel
nem aceita título
de doutor
em amor,
pelo que sofreu!
Gosta apenas de falar
de dissertar
sobre a essência
da vida
e diz a qualquer
audiência
que o saber mais profundo
é o acto de amar
no sentido mais lato da expressão!
Amar
dando-se por inteiro
como lume que passou
e deixou braseiro
onde se cozinha
o sentimento!
Amar só por amar
sem ressentimento
sem secretismo de gruta
sem vanglória
sem disputa
e até mesmo sem memória...
Amar o todo
e sua história
de vida, vinda do nada...
Amar o ocaso, a alvorada
o estertor do sofrimento
e do nascer o momento
e a alegria e a dor;
Amar a tarde tranquila
amar o dia que parte
amar toda, toda a arte
na beleza sem limite
amar a quem acredite
que o mundo será melhor
e por conta desse amor
todo o ser pode mudar...
Tanta vez, de amar exausto
deixa o fausto da alegria
e hiberna, dentro do peito...
e fica triste, calado
às vezes acabrunhado
por tanta incompreensão!
Mas se ouve voz amiga
ecoando lá no fundo
deixa a sua prostração
acaba a hibernação
e a gritar libertação
põe-se em marcha
e enfrenta o mundo!...
Maria Mamede