sábado, dezembro 22, 2007

NATAL DE HOJE

A todos os meus queridos Amigos e Amigas, que me acompanham há tantas vidas, aos que nesta vida acabam de aparecer (real ou virtualmente) e aos outros que para meu bem, nela se encontram há décadas e ainda a todos (as) por quem tenho a graça de ser lida, deixo este soneto com votos de Natal de PAZ e LUZ e que o Novo Ano que se aproxima, vos seja de começo ou recomeço de FELICIDADE!

Beijos da

Maria Mamede


NATAL DE HOJE

Há mais de dois mil anos que o Menino
Nascia, cada inverno, em tempo certo
No plaino de Belém, ermo, deserto
No mesmo curral, nu, pequenino...

E há mais de dois mil anos que morria
Em cada Páscoa, ressurgindo após
E a paz ia pedindo, dia a dia
Seu coração sangrando só por nós...

Mas este ano, triste, desgostoso
O seu sorriso doce, luminoso
Deixou de alumiar, tornou-se frio;

Nasceu apenas pra quem O deseja
Dentro e fora do seu peito-igreja
E o curral de Belém, ficou vazio!...



Maria Mamede

domingo, dezembro 16, 2007

ORAÇÃO

Saudosa de ti
devolvo-te às águas placentárias
da eterna sensação de recomeço
e peço
um glamoroso fim para nós dois...
depois
do céu virá
a esplendorosa estrela da manhã
'inda criança
aliança
a unir o que não há!...


Dezembro/07

sábado, dezembro 08, 2007

S/TÍTULO

Enquanto posso, seja lealdade
o amor que te dou
que eu inteira
trago somente na bagagem
a alma e a coragem
de te amar, como sou!...


Maria Mamede



(In "No Cais do Tempo")

sábado, dezembro 01, 2007

SENHOR DAS ALVORADAS SOLITÁRIAS

Senhor das Alvoradas solitárias
aonde o aconchego da promessa?
Aonde a luz do ocaso dos dias
enchendo corações?
O meu, agitado por sezões
de amores sem fim
é o retrato de mim pelas vielas do medo...
permite que te fale dum segredo
película que envolve meu sentir;
-Digo, sem medo de mentir
que por certas razões
és meu cajado, arrimo da memória;
passaram vilões neste estória
sem princípio e sem fim
mas tu, senhor da nostalgia
vigia de pleitos ancestrais
a mim ajudas
e aos mais
nos passos perdidos da consciência...
dirão envolta em demência
esta pessoa que sou
sorrio calma!
Que me importa esta loucura
bravura aos olhos da alma?!
Anseio apenas
nesta vida de quimeras
no culminar das esperas
no fim, quando a vida recomeça
o Graal dos párias;
De ti, o aconchego da promessa
Senhor das Alvoradas Solitárias!...


Maria Mamede


(In "CARTAS DE AMOR" - Bierzo, Agosto/2004)